sábado, 19 de junho de 2010

Testemunho dos Peregrinos 5


"Pudemos conhecer nestes dias parte da complexa convivencia entre povos com interesses, tradicoes e religioes diferentes. Ficou clara impressao de que dificilmente a solucao para os impasses pode surgir daqui, tera que vir de fora. A camiseta que encontramos numa das lojinhas das ruelas de Jerusalem antiga, com a imagem do Lula, da a entender que brasileiros podem contribuir neste processo de entendimento. Alem disto, como brasileiros, fomos sempre bem recebidos e festejados por israelitas e palestinos.
Saimos daqui felizes, carregados de energia para aprofundamento de nossa espiritualidade. Paz e Bem".(Mari e Marcio, Curitiba - PR).

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Betânia, Emaús e Via Dolorosa



Saímos cedo e fomos em direção à Betânia, contornando o Muro da Vergonha. Lá, celebramos a Eucaristia, refletindo sobre a hospitalidade de Maria a Jesus, sobre a importância do serviço e sobre a ressurreição de Lázaro.
O bairro onde é situado o Santuário de Betânia surgiu ao redor do Túmulo de Lázaro, inclusive muito conhecido pelos muçulmanos. Este lugar estava na mão dos cruzados, porém, passou para os turcos, e os muçulmanos têm uma mesquita sobre o túmulo, hoje. O santuário também passou por várias etapas da história. A primeira igreja bizantina foi edificada no século IV. Depois foi reedificada uma outra igreja bizantina, um pouco maior, no séc. V e VI. A grande basílica dos cruzados envolvia todo o terreno, incluindo o túmulo de Lázaro. A igreja moderna dos franciscanos, foi contruída pelo arquiteto Barluzzi em 1924. Impressionante são os afrescos, que representam as várias cenas da vida de Jesus na casa de Marta e de Maria.

Depois, nos dirigimos até Abu Ghosh, para reviver a experiência dos Discípulos de Emaús. Lá, lemos o texto de Lucas 24 e, como não tínhamos mais tempo para maiores explicações e partilha do texto, viemos em direção a Ein Karem e no caminho, Frei Ivo nos apresentou alguns eflúvios sobre a experiência de Emaús, nos desafiando a abrirmos espaço ao Mestre, que quer caminhar conosco.

Na parte da tarde, tomamos novamente o ônibus para uma experiência com os peregrinos comuns, ou seja, rezar a Via Sacra pelas mesmas ruas onde supostamente Jesus passou.
O início da Via Dolorosa é marcado pelo episódio da Flagelação de Cristo. O santuário faz parte do complexo do grande convento franciscano, que abriga o Studium Biblicum Franciscanum, que forma mestres e doutores em teologia bíblica. O recinto foi construído sobre os restos de ruínas bizantinas e cruzadas. A atual igreja foi edificada em 1904, e reedificada em 1929. No fundo do pátio em frente à Igreja se encontra o Litóstroto, que é o lugar onde colocaram a cruz sobre os ombros de Jesus.
A Via sacra é muito simples, com pequenas capelas em algumas estações, ou simplesmente uma inscrição da estação para recordar o lugar do caminho de Jesus com a cruz sobre os ombros, em direção do calvário. Na nona estação, depois de passar diante do patriarcado dos coptos, se pode visitar a capela dos etíopes. Devido às decisões do Status quo, estes pobres etíopes não tinham dinheiro para comprar os direitos de uso do Santo Sepulcro, como os franciscanos, gregos ortodoxos e armênios ortodoxos. Por isso, instalaram-se nas proximidades do Santo Sepulcro, oferecendo assim um espaço de culto e meditação aos seus monges e peregrinos.

Na parte da noite, tivemos um lindo momento de confraternização, com a revelação do amigo oculto (amigo secreto), nos refestelando com sementes secas (próprias do Oriente), regadas de suco de cevada e outras bebidas.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Santo Sepulcro e Encontro com o Custódio da Terra Santa


Acordamos logo cedo, tomamos café e fomos a Jerusalém, onde teríamos nossa Missa no Santo Sepulcro, conforme agendamento anterior. Enorme foi nossa surpresa, ao chegarmos lá e nos falarem que nosso horário já tinha passado, uma vez que seguem outro horário, que não é o horário de verão. Lamentamos profundamente, mas nada a fazer. Ainda bem que o sacristão nos concedeu uma outra capela, uns 20 metros de distância da edícula, para que pudéssemos celebrar nossa missa, na intenção de tanta gente que nos solicitou orações. A seguir, visitamos o Calvário e nos colocamos em fila para entrarmos no Sepulcro.
A grande Basílica do Santo Sepulcro engloba o Calvário, a Pedra da Unção, o Santo Sepulcro, o lugar da aparição à Maria e o encontro das Cruzes. O lugar era fora dos muros da cidade do tempo de Jesus. Era um lugar rochoso, onde fora construído o túmulo, doado por José de Arimatéia à família de Jesus. Era um dos lugares mais freqüentados pelos primeiros cristãos, que não tinham aqui nenhuma igreja. Em 135, o imperador Adriano resolveu apagar a memória dos cristãos, construindo um templo a Júpiter e a Vênus. Em 326, com a vinda do imperador Constantino, o iluminado dos cristãos, construiu-se uma enorme basílica, englobando todos os lugares acima mencionados. Este lugar passou pela destruição dos muçulmanos, turcos e otomanos, e também por terremotos. Por isso, a atual basílica consta apenas de restos dos tempos anteriores. A reconstrução feita pelos cruzados foi retomada por Constantino Monômaco em 1048. A grande cúpula foi refeita em 1869 e em 1949, por causa de incêndios. A presença franciscana no Santo Sepulcro é desde 1309. Desde a entrada dos franciscanos até o início do século passado, todos deviam pagar ingresso para entrar nesta basílica, porque os muçulmanos não abriram mão do cuidado da porta, que continua até hoje na mão de uma família muçulmana. Somente com o acordo do Status Quo, feito no século passado, entre católicos, gregos ortodoxos, armênios ortodoxos e coptos ortodoxos (somente a parte de trás da edícula), os peregrinos passaram a ser isentos do pagamento de ingresso. Cada comunidade, porém, além das regras do status quo sobre horários e espaços a serem usados em comum, deve pagar um contributo à soma exigida por essa família, encarregada de abrir e fechar a porta da basílica. À noite, ninguém pode entrar ou sair da basílica, a não ser nos horários de celebrações solenes das comunidades.

Às 9h40 tivemos o encontro com o Vice-Custódio da Terra Santa, Frei Artêmio Vitores, que nos recebeu de braços abertos para uma explicação do que é a Custódia dos Lugares Santos, sua história e sua finalidade em bem aplicar os recursos oriundos do mundo inteiro, através das Coletas da Terra Santa. Tais recursos são aplicados na manutenção dos santuários e na manutenção dos cristãos que aqui vivem, para que esta Terra não se torne um museu e sim uma presença viva de cristãos locais. A Custódia se encarrega de conseguir trabalhos (oficinas, artesanato, atendimento nas pousadas, hotéis e santuários), bem como na construção e manutenção de habitações aos cristãos que aqui vivem.

Aí pelas 10h15, o guia liberou o grupo para as esperadas compras e outras visitas de interesse pessoal. Mesmo assim, a maioria preferiu voltar depois do almoço para Ein Karem, tendo em vista o merecido descanso, organização das malas, meditação e caminhadas.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Testemunho dos Peregrinos 4


“A experiência de peregrinar por esres caminhos trilhados por Jesus, mas também por Pessoas tão marcantes em nossas vidas de cristãos, como Nossa Senhora , São José, Santana, e outros tantos.
Visitar e rezar em tantos Santuarios que nos trazem lembranças, tudo aquilo que
aprendemos com nossos pais e depois ao longo da vida em muitas outras oportunidades. A Peregrinação pelos lugares Santos fortalece nossa fé, nos comove e nos entusiasma.
Vale a pena fazer uma peregrinaçao em grupo e com um Guia que nos acompanha com tanto carinho. Louvamos a Deus por esta oportunidade!” (Maria e Claudio, ENS, Curitiba – PR).

Esplanada do Templo e Basilica de Santana



Partimos logo cedo, indo diretamente para a Porta que acessa o Muro das Lamentacoes e a Esplanada do Templo. Visitamos todo o espaco onde fora destruido o ultimo Templo, no ano 70 d.C. Ali, os Muculmanos contruiram a Mesquita de Omar e de Al Aqsa, que permaneceram edificadas ate os nossos dias. Pudemos fazer fotos somente da parte externa, uma vez que as mantem fechadas por motivos de seguranca. Depois disso, celebramos a Santa Missa no Santuario da Flagelacao de Cristo. A seguir, visitamos a Basilica de Santana.
Na parte da tarde, fizemos a visita ao Museu do Holocausto, que foi muito bem organizado pelo Estado de Israel, demonstrando assim as barbaridades cometidas durante a Segunda Guerra Mundial, contra os nossos avos na fe.
Na parte da noite, ficamos livres para bate-papos e ver os jogos da Copa!

terça-feira, 15 de junho de 2010

Monte Siao e Muro das Lamentacoes




Hoje iniciamos nossa pereginacao com uma missa no Cenaculo dos Franscicanos, localizado no Monte Siao. La fizemos memoria da ultima Ceia, instituicao da Eucaristia e Pentecostes. A seguir, visitamos o Cenaculo, onde acontenceu o Pentecoste. Depois disso, visitamos a Basilica da Dormicao de Maria, onde tivemos um momento mariano muito intenso e emocionante. Visitamos ainda uma Igreja Catolica Melquita, onde mais uma vez pudemos apreciar a beleza e a exuberancia dos seus Icones.
O Muro das Lamentacoes foi um momento impar, ja que tivemos contato com a forma de orar dos Judeus. Terminamos nosso dia visitando a Igreja do Galicantu, onde Pedro negou Cristo tres vezes.
Foi uma longa caminhada por Jerusalem e os peregrinos voltaram exaustos, porem felizes e tambem anciosos para verem a estreia do Brasil na Copa do Mundo de 2010.
(Colaboracao: Fabiana, Mariangela e Shirley Veronica)

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Testemunhos dos Peregrinos 3


“É com muita alegria que quero partilhar com todos, tudo o que estou sentindo aqui na Terra Santa, por onde passou Jesus. Hoje, passando pelo Monte das Oliveiras, refletimos muito sobre o sofrimento de Jesus e sobre todos os tipos de sofrimento e me despertou uma necessidade de uma conversão total da minha própria vida. Ficou evidente em mim esse desejo e com essa finalidade eu pedi assim como Jesus aqui neste lugar santo que seja feita a vontade de Deus em minha vida. Todos os dias eu peço a Deus que atenda as minhas preces que faço por todos os meus amigos e familiares. Beijos” (Zilene, Duque de Caxias - RJ).

“Após o jantar em nosso 'local de hospedagem' (palavras do Frei Ivo), nos reunimos ao luar em Israel, para comentar sobre tudo o que fizemos durante o dia, em nossa peregrinação. São tantas experiências ricas para nosso crescimento espiritual, como seres humanos, que estamos sempre muito alegres e felizes. Ontem, em especial, o papo foi engraçado e demos muitas risadas. Eu, particularmente, não gostei de conhecer o “Mar Morto”, e vou explicar o porquê. Sou uma pessoa que adoro água e banho de mar, mas o que senti foi o contrário de tudo isso. Para chegar até a água (calor acima de 40 graus), queimei toda a sola do pé ao pisar na terra quente, pois não tinha areia. Ao entrar na água você boia ou cai com a lama mole que ao pisar vai afundando. A boca e olhos ardem se a água respinga em alguma parte de seu rosto. Para melhorar, a água é um tanto “quentinha”. Concluindo, me senti fazendo o primeiro estágio no purgatório com todo aquele calor Brincadeirinha, tá! Abraços” (Mariangela, Curitiba, PR).

“Estamos realizando um sonho. Visitar Israel e a Terra Santa, além de uma peregrinação é também uma viagem pela história da humanidade, pois nos leva a lugares e culturas milenares. Estamos passando por emoções e sentimentos que ficarão gravados para sempre em nossos corações. É uma
bênção passar pelos mesmos locais onde Jesus passou. Estar fisicamente nesses locais, com a oportunidade de ler e meditar sobre os fatos neles ocorridos, nos oportuniza conhecer uma realidade bem diferente da que imaginavamos. Temos certeza de que voltaremos diferentes e energizados espiritualmente para cumprir com maior fervor e comprometimento nossa missão de cristãos, agora com a vantagem de podermos entender e assimilar com maior facilidade a Palavra de Deus. Podemos testemunhar também o grande esforço das diversas comunidades religiosas, especialmente dos franciscanos, na manutenção dos lugares sagrados, o que, aliás, deveria ser preocupação de todos os cristãos” (Isabel e Armelino Girardi, Curitiba – PR).

Monte das Oliveiras


Subimos o Monte das Oliveiras, de onibus, logo cedo, ate o Santuario de Betfage, que recorda o local onde Jesus montou o jumentinho para sua entrada triunfal em Jerusalem. La, visitamos os lindos afrescos da igreja e a seguir, estivemos no lugar da Ascensao e do Pai Nosso. Dando sequencia, descemos o monte a pe, passando pelo cemiterio dos judeus, ate o Santuario de Dominus Flevit. Neste santuario, tivemos a santa missa. Frei Joao nos motivou, com propriedade, para o sentido dos varios sofrimentos da existencia humana, relacionados aos aspectos fisicos, morais, afetivos, espirituais e psicologicos. Isso tudo para nos recordar o quanto Jesus chorou sobre Jerusalem, que nao se converteu a sua mensagem.

Descendo ainda mais, chegamos ate o Santuario da Assuncao de Maria aos ceus, onde enfrentamos uma longa fila para tocar o seu tumulo. Depois, fomos ate a porta de Jaffa para o nosso gostoso almoco na Casa Nova (cardapio italiano). A seguir, visitamos o lindo Santuario do Getsemani, onde Jesus suou sangue naquela noite derradeira de sua paixao. O frade nos permitiu entrar no recinto perto do altar, onde resamos bastante e tiramos lindas fotos. E para terminar a nossa jornada de peregrinos, passamos ainda alguns momentos em oracao e meditacao na Gruta da Traicao, que faz a memoria do local onde Judas entregou o Mestre aos soldados romanos.

Na parte da noite, ficou livre para atividades pessoais, especialmente para assistir os jogos da Copa do Mundo, regados a suco de cevada! O grupo forma uma verdadeira familia espiritual.

domingo, 13 de junho de 2010

Fotos extras do deserto da Judeia






Algumas fotos extras sobre o dia de hoje.
Esperamos que voces curtam isso.
Muito obrigado pela interacao!

Deserto da Judeia e Mar Morto




Ao sair, fizemos a oracao da manha no onibus, intercedendo a ajuda de Santo Antonio e lembrando daqui as nossas comunidades que celebram o Santo Casamenteiro no dia de hoje. Passamos pela hospedaria do Bom Samaritano e chegamos ate o deserto da Judeia, dentro do Vale Kelt, que era o caminho percorrido por Jesus, a pe, de Jerusalem a Jerico. Tivemos uma linda panoramica do deserto, onde fizemos fotos desta realidade exotica do Oriente Medio. Tiramos fotos de camelos, de asnos. Os camelos gemiam ao subir e descer! Depois disso, visitamos a cidade de Jerico, especialmente a arvore de Zaqueu e o monte da Quarentena (fotos a distancia).
Visitamos o sitio de Qumram, onde pudemos apreciar o mundo onde viviam os Essenios. Almocamos num self service. Alguns sentiram os fortes temperos, mas nenhum reverterio. E na parte da tarde, finalizamos o dia num exotico banho no Mar Morto. Alguns, nem querendo conseguiram mergulhar. E a noite, celebramos o aniversario do peregrino Valdomiro Wolkmer, com um gosto suco de cevada!

sábado, 12 de junho de 2010

Testemunhos dos Peregrinos 2


"A experiência que estamos vivendo está nos conduzindo a um crescimento espiritual, como também ao conhecimento de uma das regiões mais ricas em história, cultura e diversidade de tradições e povos. A oportunidade de conhecermos a manifestação de Deus como Homem entre nós, visitando os lugares em que Cristo esteve, está servindo de inspiração para O encontrarmos na forma em que Ele se manifesta hoje, através de seu Espírito Santo presente em todas as criaturas. Nestes dias de convivência criamos um ambiente de família com os freis Ivo e João e os já nossos amigos peregrinos. Paz e Bem!"(Mariangela e Márcio, Curitiba, PR).

"Estar aqui na Terra Santa e viver um turbilhao de emocoes constante. 'Cada momento e unico!' me disseram antes de embarcar, mas nunca imaginei, tao marcante. Hoje, ao estar na gruta do leite, pensei nas dificuldades que Maria teve nos primeiros dias depois do nascimento de Jesus. Depois do momento com os anjos, pastores. Agora fugir, se esconder, viajar para outro pais e alimentar a crianca nao deve ter sido facil! Sabemos que para uma amamentacao bem sucedida e recomendado ambiente calmo e agradavel, carinho dos familiares e amigos, boa alimentacao, repouso e sono tranquilo... Maria certamente buscou tudo isto na sua entrega a vontade de Deus, no seu sim! Para mim fica a licao de pensar nisto sempre que me sentir incomodada pelo desconforto e dificuldades da vida! Beijos e continuem me dando noticias,
Bebel, Paula, Re e cia...". (Maria das Gracas, Uberaba - MG.

"A experiencia da peregrinacao na Terra Santa esta sendo bastante agradavel e surpreendente. Certamente estou renovando minha espiritualidade e aprendendo mais sobre os passos de Cristo. Aproveito para agradecer a todo grupo que esta sendo bastante compreensivel com as dificuldades de minha mae e muito tem me ajudado nestes dias". (Mauricio Piragine - Curitiba - PR).

Estivemos em Belem




Hoje, Shabat, dia de descanso, repouso e oracoes dos judeus. As ruas estavam vazias, nos permitindo assim a rapida viagem de Ein Karem para Belem. Atravessamos o muro da vergonha, como se passassemos de um pais a outro, com muita tranquilidade. Como brasileiros, somos queridos, tanto pelos israelenses, quanto pelos palestinos. Assim, pudemos visitar logo cedo o santuario do Campo dos Pastores, revivendo la a memoria do anuncio do nascimento do Messias. Depois, enfrentamos uma fila enorme de peregrinos, que tambem queriam passar pela gruta da Natividade. Valeu o sacrificio,sobretudo para beijar a Estrela onde nasceu o Salvador. Depois disso, celebramos a missa na Gruta de Sao Jeronimo, com uma linda reflexao feita pelo Frei Joao Mannes sobre a encarnacao de Deus no seio da humanidade. E para contentar a parte fisica de nosso corpo, que ja estava necessitada, degustamos um gostoso cardapio italiano na Casa Nova.
Na parte da tarde, visitamos a Gruta do Leite. De acordo com a tradicao, neste local Maria se refugiou numa gruta, que era de rocha preta, para amamentar o Menino Jesus. A partir daquele instante, aconteceu um milagre e a rocha tornou-se branca, da cor do leite de Nossa Senhora. Segundo o Frei que toma conta do Santuario, ja sao mais de 1800 depoimentos de pessoas que receberam o milagre do pozinho que la e distribuido. Os milagres aconteceram na linha da gravidez, amamentacao e ate na cura do cancer.
Na parte da noite, ainda sobrou um tempo para comemorar o final do Shabat, com um passeio pelas ruas de Jerusalem (Jerusalem by night).

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Testemunhos dos Peregrinos

“É uma emoção muito forte ter participado da celebração realizada nesta data relembrando a visita de Maria a sua prima Izabel, no próprio local onde efetivamente ocorreu o encontro das duas mulheres santas. O local é surpreendentemente maravilhoso”.(Izabel Lauer e Paulo Lauer – Curitiba -PR).

“Nós estamos muito felizes por estarmos juntos nesta peregrinação pela Terra Santa com Frei Ivo. São tantos momentos, que fica difícel dizer qual o melhor. Por isso, queremos dizer que hoje o momento mais forte foi quando visitamos o local do nascimento de João Batista. Tudo é muito profundo e muito ainda vamos experimentar”. (Valdomiro e Erondina Volkmer, Florianópolis, SC)

“E a palavra se fez realidade: Dentre os muitos e belos aspectos que vimos e vivenciamos na Terra Santa, está o de constatarmos com alegria o quanto os fatos descritos nas escrituras, especialmente nos Evangelhos e nos Atos dos Apóstolos, se fazem presentes em realidade. Vemos, com o coração, Maria andando pelas montanhas na visita à sua prima Isabel, imaginamos com candura o Menino Jesus brincando em Nazaré ou com sabedoria e autorizade ensinando às margens do Mar da Galileia. Nos compadecemos da multidão faminta no local da multiplicação dos pães e dos peixes. Marcantes também os locais que nos mostram São Pedro: Cafarnaum, Jaffa e outros”.
(Alceu Dal Moro da Iliani Fornara Dal Moro, Curitiba-PR).

Maria visita Isabel


Inciamos o dia com uma linda oracao da manha na Casa de Zacarias, onde nasceu Sao Joao Batista, precedida de uma explicacao do local pelo nosso guia, Frei Ivo. A parte da manha foi reservada para meditacao e visita ao Santuario. Depois de um gostoso almoco, com comida mais caseira, fomos caminhando ate a encosta da montanha de Ein Karem, onde se situa o Santuario da Visitacao de Maria a Isabel. La, celebramos uma linda missa, presidida pelo nosso guia espiritual, Frei Joao Mannes. Na hora da proclamacao do Evangelho, as Marias e Isabeis do grupo foram para junto de Frei Joao, num emocionante momento de aclamacao do Cantico de Maria. E na parte da noite, sobrou um tempinho para bate-papos e tomar alguns sucos, comer melao, damasco e tamaras. O grupo se sentia como se fosse uma unica familia.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Do Monte Carmelo a Ein Karem


Saimos logo cedo de Tiberiades em direcao ao Monte Carmelo. La, fizemos a nossa devocao mariana, num ambiente de partilha e de profunda oracao. Depois, almocamos num restaurante arabe, comendo falafel e shauerma. Alguns tiveram dificuldades ate em pedir o prato, mas em ingles, se fizeram entender. Depois do gostoso almoco da regiao, nos dirigimos ao topo do Monte, para umas fotos nos Jardins de Bahai. Foram lindas fotos, tendo ao fundo o porto de Haifa. A seguir, visitamos o magnifico Aqueduto de Herodes e o Teatro Romano, em Cesareia Maritima. Teve ate declamacao de poesia para testar os recursos do teatro. No caminho para Ein Karem, fizemos uma visita panoramica por Tel Aviv e chegamos em Jaffa (Jope), onde visitamos a Igreja de Sao Pedro. Chegamos no lugar da nossa proxima hospedagem e fomos muito bem acolhidos na Casa de Sao Joao Batista, Ein Karem, a 9 km de Jerusalem. Foi um dia cheio, mas maravilhoso, onde pudemos contemplar lindas coisas e paisagens. O grupo se sente como se fosse em familia, muito disposto para o que der e vier!

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Bem Aventuranças e Lago de Tiberíades

Iniciamos o dia visitando as Bem Aventuranças. Lá, fizemos uma linda meditação pela partilha de experiências e rezamos pela Fabiana, que hoje faz aniversário. Depois, visitamos os Santuários da Multiplicação dos Pães e Peixes, Tabga (Primado de Pedro) e Cafarnaum (celebração). Tivemos a graça de almoçar o peixe de São Pedro e depois fizemos uma visita ao Kibutz de En Gev (vacas leiteiras, avestruz de 300 kg e cachos de banana de 50 kg). A seguir, a emocionante travessia do Lago de Tiberíades, na barca de Pedro. O grupo estava bem à vontade, cantando em brasileiro e festejando a primavera sobre o Lago! Tinha um pouco de vento, mas com Jesus, chegamos até a outra margem!

Amanhã ou outro dia, mais fotos, porque hoje está lenta a internet por aqui!!!

terça-feira, 8 de junho de 2010

A viagem foi excelente


Amigos virtuais!
A viagem foi excelente, conforme os horarios previstos. Chegamos as 21h00 em Tiberiades. O grupo esta feliz e muito animado para tudo. Hoje, visitamos Cana da Galileia (renovacao das Promessas Matrimoniais), celebramos em Nazare (Anunciacao) e no final do dia Monte Tabor. Ainda sobrou um tempinho para a internet e as lindas praias de Tiberiades. Aqui, primavera, calor de 35 graus.

Nota: estamos com recursos fracos para acentuacao e sem possibilidade de inserir fotos, por limite de internet. Curtam isso depois!

Todos do grupo mandam abracos, com saudades!

sábado, 5 de junho de 2010

A geografia da Terra Santa


Muitos definem a Terra Santa como terra do Quinto Evangelho, porque ela é testemunho vivo do que restou da história, envolvendo o Antigo e o Novo Testamento. Este país é uma pequena porção de terra, menor do que o Estado do Sergipe. São apenas 20.700 km. Está situado na parte baixa do mediterrâneo, entre os continentes da África e a Ásia. Faz divisa com o Líbano (norte), com a Síria (nordeste), com a Jordânia (leste) e com a península do Sinai – Egito (sul). Na bíblia, vem denominado como o país que se estende de Dan a Bersheva (1Sam 3,20). De Dan até Bersheva são apenas 240 km. De largura (Mar Morto a Tel Aviv) são apenas 100 km. De norte a sul, cerca de 500 km.
A topografia da Terra Santa é muito acidentada, de região à região. Na planície mediterrânea está localizada a área mais fértil do país. Exemplos: planície de Sarón e planície de Esdrelón. A parte central é montanhosa, com cerca de 1000 metros de altura. Exemplos: Hebron (1.020 m) ao sul, e o Monte Méron (1.208 m) ao norte. O que é típico no país, sobretudo no sul, são os desertos, tais como o Neguev, Judá e a planície de Arabá (perto de Jericó). O Mar Morto é o mar mais exótico do mundo, está a 400 m abaixo do nível do mar.
São quatro regiões em destaque: Neguev, Judeia, Samaria e Galiléia. Os confins da Palestina podem ser identificados na maioria dos mapas ou guias da Terra Santa. Hoje, com a “independência” da Palestina, esta incorpora a Jerusalém oriental (leste), Jericó, parte da Samaria e a faixa de Gaza (Mediterrâneo).
A terra que corre leite e mel não foi dada de mão beijada ao povo de Deus pelo Criador. Se Israel hoje é um exemplo de agricultura, foi graças à inteligência aplicada aos desertos, com a irrigação e fertirrigação. Foram anos de pesquisa, na tecnologia da gota, para que o deserto pudesse florescer. Com água e técnica, a terra produz. No deserto do Neguev, por exemplo, foram escavados poços artesianos com mais 500 m de profundidade. A água que irriga uma plantinha de amor perfeito em Jerusalém vem do Mar de Tiberíades (Galiléia), numa distância de 200 km. Mais de 10% da população vive nas zonas rurais, da agricultura e da agropecuária. Vivem em sistema de Moshav (cooperativas), onde cada família faz a terra produzir, graças ao bom funcionamento destas cooperativas (abastecimento, comercialização, serviços sociais). Israel conta com cerca de 450 instalações em forma de cooperativa. Outro tipo de agricultura em destaque é desenvolvido nos Kibutz, onde todos vivem em sistema coletivo. São 265 destes kibutz espalhados em todo o país. Como produção em destaque: trigo, hortaliças (pepino, beringela, etc), frutas (laranja, banana, melancia, melão, pêssego, manga), pistacchio, batata-inglesa… Ligado à agricultura vem a produção de leite. Uma vaca de Israel produz cerca de 60 litros por dia. A ração diária é controlada por computador. Por falta de terreno para pastagens, estas vacas vivem confinadas.
O país conta com cerca de 7 milhões de habitantes, das mais variadas raças, em sua maioria, árabes e hebreus. As cidades de maior população são: Tel Aviv (cerca de 1 milhão), Jerusalém (600 mil), Haifa (250 mil), Bersheva (100 mil).
As três grandes religiões monoteístas que convivem em Israel são: Judaísmo, Islamismo e Cristianismo.
1) O Judaísmo, com mais de cinco mil anos de história, vive os seus princípios religiosos a partir da Toráh (Pentateuco). Aceitam apenas o Antigo Testamento. Vivem da tradição rabínica, com três tendências fundamentais: a ortodoxa, com estreita adesão à Toráh, contida na tradição escrita e oral; os mesorati, que aderem à Halaká, com adaptação constante da religião às exigências da vida moderna, e os progressistas, também denominados de reformistas, que defendem o progresso e a liberdade individual, a ponto de o indivíduo poder estabelecer o próprio comportamento religioso. Este terceiro grupo também tem como base a Halaká. Como princípio geral, observam o sábado (Shabát) e rezam na sinagoga.
2) O Islamismo, que se formou com Maomé no século VII d.C. São denominados muçulmanos, com as suas diversas seitas, tais como exemplo, os chiitas. Alguns são fundamentalistas, outros vivem moderadamente. Todo bom muçulmano deve crer no Deus Alah, em Maomé como único profeta, fazer cinco orações por dia, proclamadas no muezim, dar esmolas aos pobres, fazer jejum durante o mês de Ramadan, e ir ao menos uma vez na vida, em peregrinação, à Meca. Observam a Sexta-feira com o dia de descanso e de orações intensivas nas mesquitas.
3) O Cristianismo sobrevive no meio dos judeus e muçulmanos. É uma minoria, presente na Terra Santa, sobretudo ao redor dos lugares santos. Dividem os espaços nos vários santuários e escolas, de acordo com os ritos professados. Por isso, quando se fala em cristão, se deve distinguir entre:
a) Cristãos católicos: são de rito latino e de rito oriental (alexandrino, antioqueno, armênio, caldeu e bizantino). As 21 Igrejas católicas orientais (sui iuris) somam cerca de 15 milhões de fiéis presentes no mundo inteiro, sobretudo no Oriente Médio;
b) Cristãos ortodoxos: gregos, armênios, coptos, etíopes, sírios. São cerca de 150 milhões de fiéis.
c) Cristãos protestantes: luteranos e anglicanos. Os novos movimentos religiosos são uma minoria insignificante.
É importante notar que atualmente na Terra Santa, numa população de cerca de sete milhões de habitantes, os cristãos (todos incluídos) representam apenas 1,8% desta população.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Uma pitada da história de Israel


Na época medieval, ir para a Terra Santa significava uma verdadeira aventura. Uma vez definida a viagem (navio ou carruagem), era necessário escrever o próprio testamento, além de ter a permissão do Papa. A razão desta necessidade não era meramente burocrática, mas justificar, diante da família e do Estado (Igreja), toda e qualquer conseqüência para a vida do peregrino, porque a viagem podia ser a última da vida. Os turcos assaltavam e eliminavam peregrinos, por questões de religião. Por isso, quando um grupo de peregrinos chegava no porto de Jaffa (Tel Aviv), o custódio da Terra Santa acolhia-os, em nome dos frades menores, e colocava-os em caravanas de camelos, com destino a Jerusalém. Chegando em Jerusalém, depois de um ou dois dias de viagem, eram acolhidos na Casa Nova (casa de hospedagem para peregrinos, da Custódia) como símbolo de proteção contra os turcos. Assim, os peregrinos, acompanhados pelos frades, podiam visitar a Terra do Quinto Evangelho e voltar para a sua pátria tranqüilamente.
Hoje, tudo se tornou mais fácil e acessível. Os navios foram substituídos pelos aviões, os camelos pelos ônibus e a paz é uma busca constante. Neste sentido, procuramos fornecer a você este resumo sobre os locais visitados, com orações, celebrações, cantos. Procuramos evitar pesos na tua viagem, com livros extras, guias pesados, Bíblia e livros de orações e cantos. Este Guia é um pequeno instrumento, que acompanha o peregrino nas veredas da Terra Santa. Ele contém algumas informações históricas na sua introdução, algumas informações sobre o contexto geográfico e religioso de Israel e da Palestina dos nossos dias. Procuramos sintetizar o máximo as informações indispensáveis, para que você o leve como livro de bolso e, ao mesmo tempo, como uma lembrança que acompanhará a tua vida nas eternas recordações dos Lugares Santos.
Faço votos que esta caminhada nos ajude a celebrar e tornar presente a memória do passado, que se faz luz e profecia para um futuro próspero e cheio de novas esperanças no nosso modo de sermos cristãos mais autênticos.

As ruínas de Jerusalém, com seus mais de 3000 anos de história, são um testemunho vivo de que as gerações passam, mas as pedras, mesmo não falando, continuam para nos contar a sua história. Diante desta panorâmica, façamos juntos uma retrospectiva histórica, ou seja, uma caminhada ao passado para entender o presente dos lugares santos.
A nossa breve abordagem seguirá os seguintes pontos:

1. Da conquista da Terra Prometida ao Império romano

Os israelitas conquistaram a Terra Prometida pelo ano 1200 a.C. Chegaram pela margem ocidental da Jordânia, atravessando o Rio Jordão e conquistando Jericó, cidade habitada por outros povos. Este povo conquistou a terra e fortificou as suas tribos. No ano 1000 a.C., houve a unificação do reinado de Davi, com a sua capital em Jerusalém. Este reino durou até 587 a.C., quando os israelitas foram deportados para a Babilônia, no exílio, pelo rei Nabucodonosor. A cidade foi destruída pelos Babilônicos. Em 538 a.C. os israelitas foram libertados pelos Persas e iniciaram a reconstrução do Templo. Jerusalém passa a ser governada pelos sacerdotes. Em 334 a.C., com a conquista de Alexandre Magno, Jerusalém passa por um processo de helenização. Os gregos permaneceram nesta terra até 63 a.C., com a conquista do Império romano.

2. Do Império Romano à Conquista Turca

Os exércitos de Pompeu invadiram a Terra Santa em 63 a.C. Herodes, o grande, reconstrói o Templo. Nasce Jesus em Belém da Judéia. Em 70 d.C., na revolta dos romanos contra os judeus, os romanos destruíram o Templo. Em 300, com a vinda do Imperador Constantino – o Iluminado, o cristianismo renova as suas forças e passa a ser a religião oficial do Império. Constantino manda construir as grandes basílicas da Natividade (Belém), Santo Sepulcro e Pai Nosso (Monte das Oliveiras). Em 614 os Persas arrasam tudo na tentativa de apagar a memória dos lugares santos. Em 637, com a conquista dos muçulmanos, Jerusalém passa a ser a terceira cidade mais importante do Islamismo, depois de Meca e Medina. Quando os Cruzados conquistaram a Terra Santa 1099, para devolver os lugares santos à humanidade, Jerusalém estava sob o domínio dos Turcos, que permaneceram na Terra Santa até 1291, quando os Mamelucos começaram o seu domínio sobre os lugares santos. Os muros atuais da Cidade Santa foram construídos pelos turcos Otomanos, em 1530.

3. Da Conquista Turca ao Período Franciscano

Não obstante a presença dos turcos na Terra Santa, o começo da era franciscana se deu em 1219 com a vinda de S. Francisco de Assis à Terra Santa. Depois de visitar Damieta (Egito) e dialogar com o Sultão, Francisco chegou em Acre (norte de Israel) e ali fundou uma pequena comunidade de frades menores. É importante notar que o Bispo da época era Giacomo da Vitry, amigo de Francisco de um encontro em Perúsia, dois anos antes. Fundaram então o convento de S. João do Acre. A presença dos frades na Terra Santa, apesar de precária, continuou até 1333, quando o rei de Nápoles, Roberto d’Angiò e a rainha Sancha di Mallorca compraram o Cenáculo, dos turcos no Monte Sión e presentearam este lugar aos frades menores. Com as bulas papais Gratias agimus e Nuper carissimae, o Papa Clemente VI confiou aos frades menores a custódia dos lugares santos em 1342. Assim, nasce oficialmente a Custódia da Terra Santa. Em 1347, os frades iniciaram a custódia da Basílica da Natividade (Belém), e em 1485 a custódia de S. João Batista (Ein Karem). Em 1523, com a conquista dos Turcos na Palestina, o Cenáculo, como sede da Custódia, foi transformado em mesquita e os frades foram obrigados a abandonar o convento. Em 1551, instalaram-se no Convento de S. Salvador (atual sede custodial). A partir deste ano, começaram a custódia em quase todos os lugares santos, conforme cronologia que segue:
• 1630: Anunciação (Nazaré);
• 1631: Monte Tabor;
• 1641: início das negociações sobre Caná da Galiléia. Conclui-se em 1879;
• 1661: Jardim do Getsêmani;
• 1679: Visitação (Ein Karem);
• 1836: Flagelação;
• 1867: Emaús;
• 1880: Betfagé;
• 1889: Dominus Flevit e Primado de Pedro (Tabga);
• 1894: Ruínas de Cafarnaum;
• 1909: Campo dos Pastores;
• 1936: Cenacolino (proximidades do Cenáculo, que já era dos frades);
• 1950: Betânia (todo o complexo).
É importante lembrar que todas estas conquistas, ou compras dos lugares santos só foi possível com a ajuda dos peregrinos de todo o mundo.

4. Do Período Franciscano ao Estado de Israel

Em 1917, durante a Primeira Guerra mundial, os turcos foram rechaçados pelo general Allemby, em Meguido. A Palestina passou ao domínio dos ingleses que em 1948, abandonaram a Palestina. Sob conselho das Nações Unidas, foi criado o Estado de Israel, no dia 18 de julho de 1948. Israel permaneceu com a parte ocidental do Estado, com cerca de um terço do território, e os palestinos, anexados à Jordânia, com a parte oriental do Estado (Cisjordânia). Em 1967, na Guerra dos Seis dias (Yon Kippur), Israel conquista as colinas de Golán (Síria), o Sinai e a Faixa de Gaza (Egito) e toda a Cisjordânia. O monte Sinai foi devolvido ao Egito em 1979, com um acordo de paz entre Israel e Egito. No dia 09 de dezembro de 1989 começou a guerra da Entifada, como modo de rebelião dos palestinos contra os israelitas nos territórios ocupados. Esta guerra terminou em1991, no acordo de paz de Madri. Desde 1981, a capital de Israel, era em Tel Aviv, passou a ser Jerusalém.

5. Procurando entender Jerusalém

“No lado oriental, vivem os árabes, tanto muçulmanos quanto cristãos. Há alguns encraves judaicos, onde vivem israelenses. Um dos dois campi da Universidade Hebraica de Jerusalém também fica no lado oriental. Na parte ocidental, vivem os israelenses judeus. É a parte moderna, onde se localiza o Knesset (Parlamento), a Suprema Corte, os shoppings, os bares, as boates e as charmosas ruas Jaffa e Ben Yehuda. Entre os dois lados, está a parte antiga de Jerusalém. Lá dentro está o Muro das Lamentações, a Esplanada das Mesquitas e a igreja do Santo Sepulcro. Mas antes uma nova explicação sobre outra divisão dessa cidade. A parte velha é dividida em quatro quadriláteros: o muçulmano, o cristão, o armênio e o judaico. Para entrar na cidade, há sete portões. O mais usado pelos árabes é o portão de Damasco de onde saía a estrada para a atual capital da Síria. Os judeus usam mais o portão Jaffa de onde seguia a estrada para a cidade que hoje se tornou um subúrbio de Tel Aviv e o portão Zion, que dá acesso direto ao Muro das Lamentações. A parte muçulmana é a mais agitada, sempre lotada de árabes que a utilizam para fazer as suas compras do dia-a-dia. Há casas de câmbio e lojas que vendem quase de tudo, uma cena comum em mercados árabes em outras cidades da região, como Cairo e Damasco. A música é um rock árabe. No meio das lojas, em uma espécie de praça, mulheres vendem folhas de uva sentadas no chão. Há barracas de suco e de shawarma sanduíche árabe. A Esplanada das Mesquitas fica na parte muçulmana. No alto dela, localizam-se a mesquita do Domo da Rocha, de onde o profeta Maomé teria subido aos céus, e a mesquita de Al Aqsa. Porém o acesso a elas se dá pela parte judaica, por uma escadaria que fica ao lado do muro. Para entrar na parte judaica, é preciso passar pelos detectores de metal. A principal atração desse quadrilátero é o muro, que fica lotado após o pôr-do-sol da sexta-feira, quando tem início o shabat, dia de descanso para os judeus”(Brasil Travel News, 2008, n. 232, p. 48-50).