sexta-feira, 18 de junho de 2010

Betânia, Emaús e Via Dolorosa



Saímos cedo e fomos em direção à Betânia, contornando o Muro da Vergonha. Lá, celebramos a Eucaristia, refletindo sobre a hospitalidade de Maria a Jesus, sobre a importância do serviço e sobre a ressurreição de Lázaro.
O bairro onde é situado o Santuário de Betânia surgiu ao redor do Túmulo de Lázaro, inclusive muito conhecido pelos muçulmanos. Este lugar estava na mão dos cruzados, porém, passou para os turcos, e os muçulmanos têm uma mesquita sobre o túmulo, hoje. O santuário também passou por várias etapas da história. A primeira igreja bizantina foi edificada no século IV. Depois foi reedificada uma outra igreja bizantina, um pouco maior, no séc. V e VI. A grande basílica dos cruzados envolvia todo o terreno, incluindo o túmulo de Lázaro. A igreja moderna dos franciscanos, foi contruída pelo arquiteto Barluzzi em 1924. Impressionante são os afrescos, que representam as várias cenas da vida de Jesus na casa de Marta e de Maria.

Depois, nos dirigimos até Abu Ghosh, para reviver a experiência dos Discípulos de Emaús. Lá, lemos o texto de Lucas 24 e, como não tínhamos mais tempo para maiores explicações e partilha do texto, viemos em direção a Ein Karem e no caminho, Frei Ivo nos apresentou alguns eflúvios sobre a experiência de Emaús, nos desafiando a abrirmos espaço ao Mestre, que quer caminhar conosco.

Na parte da tarde, tomamos novamente o ônibus para uma experiência com os peregrinos comuns, ou seja, rezar a Via Sacra pelas mesmas ruas onde supostamente Jesus passou.
O início da Via Dolorosa é marcado pelo episódio da Flagelação de Cristo. O santuário faz parte do complexo do grande convento franciscano, que abriga o Studium Biblicum Franciscanum, que forma mestres e doutores em teologia bíblica. O recinto foi construído sobre os restos de ruínas bizantinas e cruzadas. A atual igreja foi edificada em 1904, e reedificada em 1929. No fundo do pátio em frente à Igreja se encontra o Litóstroto, que é o lugar onde colocaram a cruz sobre os ombros de Jesus.
A Via sacra é muito simples, com pequenas capelas em algumas estações, ou simplesmente uma inscrição da estação para recordar o lugar do caminho de Jesus com a cruz sobre os ombros, em direção do calvário. Na nona estação, depois de passar diante do patriarcado dos coptos, se pode visitar a capela dos etíopes. Devido às decisões do Status quo, estes pobres etíopes não tinham dinheiro para comprar os direitos de uso do Santo Sepulcro, como os franciscanos, gregos ortodoxos e armênios ortodoxos. Por isso, instalaram-se nas proximidades do Santo Sepulcro, oferecendo assim um espaço de culto e meditação aos seus monges e peregrinos.

Na parte da noite, tivemos um lindo momento de confraternização, com a revelação do amigo oculto (amigo secreto), nos refestelando com sementes secas (próprias do Oriente), regadas de suco de cevada e outras bebidas.

Um comentário:

Anônimo disse...

Olá!
Depois de ver estas fotos lindas, fiquei triste por não ter ido. Mais quem sabe da próxima vez eu possa ir.
Um forte abraço.